quinta-feira, 13 de março de 2008

O MELHOR BLOG

O blog da minha amiga Ticklergirl_Pezinhos é sem dúvida o mais charmoso que conheço! Parabéns a ti, querida!

http://ticklergirlpezinhos.blogspot.com/

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

REFLEXOLOGIA: A SAÚDE AOS NOSSO PÉS


Reflexologia é ciência oriental que estuda a correlação entre os pontos dos pés e os órgãos do corpo humano, inclusive os sexuais.
É uma terapia complementar que compreende o tratamento de vários distúrbios pela aplicação de pressão nos pés ou mãos. O tratamento de todo o corpo é feito através de determinados pontos, em áreas precisas dos pés e das mãos, relacionadas a regiões particulares do corpo chamadas “zonas reflexas”. O tratamento compreende a aplicação de pressão com a ponta do polegar ou dos dedos sobre pontos reflexos precisos. Aplica-se uma pressão firme, mas não muito forte, e a pessoa que recebe o tratamento experimentará sensações diferentes nas zonas dos pés ou das mãos. Essas sensações são interpretadas pelo terapeuta, indicando quais partes do corpo e estão funcionando bem e quais não estão. De acordo com o grau de desconforto, maior ou menor, experimentado nas zonas pressionadas, é possível saber que partes correspondentes do corpo registram maior ou menor desequilíbrio. A reflexologia é também uma técnica de diagnóstico o que significa que pode ser usada para descobrir onde há desequilíbrios no corpo. Um reflexologista pode então atuar sobre estes desequilíbrios para tratar uma vasta gama de distúrbios. A reflexologia pode também ser usada preventivamente, para manter o corpo funcionando bem. Assim como as demais terapias complementares, a reflexologia dá bastante tempo para que os clientes falem sobre si mesmos com o terapeuta, o que permite uma compreensão melhor do próprio cliente e de seus problemas.
UM POUCO DE HISTÓRIA
É realmente impossível dizer quando a Reflexologia foi usada pela primeira vez, porém ela pode ter-se originado por volta da mesma época da acupuntura porque essas duas artes compartilham muito dos mesmos princípios.
A acupuntura afirma que há no corpo vários canais de energia invisíveis, ou meridianos, que conduzem a energia da força vital, ou chi/ki. Dizem que quando esses canais são bloqueados, devido ao estresse, por exemplo, o resultado pode ser o surgimento de doenças. Às vezes, a acupuntura é usada para eliminar esses bloqueios e estimular o livre fluxo de energia da força vital.
Como a maioria dos canais principais termina ou começa pelos pés, naturalmente a Reflexologia os estimulará de algum modo. Contudo, até mesmo um tratamento completo de Reflexologia não estimularia ou trataria todos os meridianos, porque nem todos terminam nos pés e há muitos canais menores além dos principais. É por isso que a acupuntura é realizada em todo o corpo.
A documentação mais antiga sobre a técnica de reflexologia está na parede da tumba de um médico egípcio chamado Ankmahor, localizada em Saqqara, no Egito . Data de cerca de 2330-2500 a.C. e mostra dois homens massageando os pés de outros dois homens. Na inscrição, o paciente diz: “Não me machuque.” O terapeuta responde: “Agirei de forma a que me elogie.” Se considerarmos a massagem dos pés um tipo simples de Reflexologia, poderemos dizer que esta é tão antiga quanto a raça humana, talvez mais. Muitos tipos de macacos, inclusive os mais intimamente relacionados com o ser humano, fazem um tipo primitivo de massagem nos pés. É claro que não têm consciência de que estão estimulando os poderes curativos do corpo. Isso é apenas instintivo e bom. Muitas pessoas gostam de ter os pés massageados. É relaxante, agradável e alivia de muitos modos o estresse. Mas há definitivamente uma diferença entre massagem nos pés e Reflexologia, embora pelos mesmos motivos ambas beneficiem o corpo e a mente.
Contudo, é mais fácil pesquisar suas origens modernas.
Em 1917, um médico dos EUA. Dr.William H. Fitzgerald, lançou os fundamentos da ciência com sua “terapia zonal”. Esse procedimento postulava a existência de 10 zonas de energia, dividindo o corpo da cabeça aos pés. Ao aplicar a pressão a certas partes dos dedos com suas mãos e diversos dispositivos mecânicos, o Dr. Fitzgerald descobriu que ele poderia aliviar a dor em outras partes do corpo, na mesma zona.
Mas a ciência foi estabelecida em sua presente forma principalmente devido aos esforços de uma terapeuta americana chamada Eunice Ingham, considerada a mãe da Reflexologia moderna, considera que os pés estão ligados a várias partes do corpo por meio de terminações nervosas. Há um número excepcionalmente grande delas nos pés particularmente sensíveis à estimulação física, como cócegas.
Desde o início da década de 30 até sua morte em 1974, Eunice Ingham trabalhou sem parar com o objetivo de desenvolver a reflexologia até se constituir na ciência de hoje. O Instituto Internacional de Reflexologia foi fundado em 1973 para levar adiante sua obra.
Também se acreditava que as terminações nervosas correspondiam ao mapa da anatomia humana. De fato, se olharmos para as solas dos pés juntas veremos que parecem ter a forma geral do corpo humano: os dedões lembram a cabeça e o pescoço; a base dos dedos menores são o ombro esquerdo e direito; e cada peito do pé é o lado esquerdo e direito da coluna vertebral.
Até certo ponto, essa teoria também é verdadeira, mas não há provas de que é conclusiva, certa e definitiva. Na verdade, o número e a complexidade das terminações nervosas nos pés tornam quase impossível identificar claramente quais áreas dos pés afetam quais áreas quais áreas do corpo. Como o sistema nervoso é muito amplo e cobre todo o corpo, criar prazer ou dor em apenas uma pequena área tem um grande efeito no todo.
Assim sendo ninguém sabe exatamente como funciona a reflexologia, embora existam diversas teorias. O Instituto adere ao enfoque que considera que a energia está sempre fluindo através de canais ou zonas no corpo, que terminam formando os pontos reflexos nos pés e mãos. Quando esse fluxo de energia flui desimpedido, permanecemos saudáveis; mas, quando ele está bloqueado por tensão ou congestão, ocorre a doença. Mediante o tratamento dos reflexos, os bloqueios são desfeitos, e a harmonia é restaurada a todos os sistemas. Um tratamento reflexológico típico leva cerca de 30 a 40 minutos. Tratando um pé de cada vez, o terapeuta trabalha os reflexos da sola, lado e peito do pé, usando as técnicas digitais apropriadas. A habilidade do terapeuta depende em grande parte de sua experiência; demanda de tempo e prática para a detecção dos reflexos que estão sensíveis e para o desenvolvimento da sensibilidade nos dedos do operador, para seu tratamento. Após trabalhar algumas vezes num reflexo doloroso, você o deixa para tratar outro reflexo, retornando em seguida para se concentrar naquele primeiro reflexo até que a dor não seja mais aguda. Contudo, poderão ser necessárias várias sessões até que a sensibilidade desapareça por completo. Em sua ansiedade de livrar-se da dor, não trabalhe excessivamente num reflexo. O principal benefício da reflexologia é o relaxamento. Mas, ao reduzir a tensão, você também melhora a irrigação sanguínea, faz aflorar um funcionamento nervoso desimpedido e restabelece a harmonia, ou homeostase, entre todas as funções do corpo. Considerando que a maioria das doenças modernas tem como origem os efeitos do stress, num tratamento de reflexologia ministrado por um terapeuta holístico qualificado pode trazer enormes benefícios para uma ampla gama de condições.
A reflexologia baseia-se no princípio de que existem áreas, ou pontos reflexos, nos pés e nas mãos que correspondem a cada órgão, glândula e estrutura no corpo. Ao trabalhar nesses reflexos, o Terapeuta Holístico reduz a tensão em todo o corpo.
OS BENEFÍCIOS DA REFLEXOLOGIA
O tratamento por reflexologia tem efeito terapêutico contra diversos males, entre eles a hipertensão. É o que um estudo científico mostra. A massagem nos pés conseguiu normalizar a pressão arterial em grávidas hipertensas. Além disso, os bebês dessas pacientes nasceram em melhores condições e com mais peso em relação aos de mulheres com pressão alta que não passaram pelas sessões de reflexologia.
Outros males que a reflexologia vem combatendo é a enxaqueca, tensão na nuca, dor nas costas, distúrbios digestivos (como gastrite), do sistema nervoso, pressão alta, doenças na pele e constantes gripes e resfriados. Qualquer toque, feito com jeito e carinho, funciona como uma verdadeira terapia, capaz de confortar a alma e trazer bem-estar. O que faz dos pés um local privilegiado para expandir as sensações prazerosas são as milhões de terminações nervosas, ponto de chegada de vias que percorrem o organismo de cima a baixo.
Pacientes satisfeitos e dados científicos começam a pôr ordem em algo que, à primeira vista, pode parecer sem pé nem cabeça. No Brasil a Associação Nacional de Reflexologia afirma que esse método exerce uma forte influência no organismo, entretanto não se pode dizer que ele cura uma enfermidade.
O que os resultados encorajadores sugerem é que essa técnica milenar, capaz de aliviar sofrimentos e ajudar o corpo a combater seus agressores, funciona como um poderoso coadjuvante da medicina tradicional. Seus efeitos podem ainda chegar à alma e atenuar problemas emocionais, como ansiedade e depressão, e o método também é capaz de detectar desequilíbrios psíquicos e evitar que se transformem em doenças.
No entanto a reflexologia é contra-indicada em casos de infecção aguda; diabetes (a postura pode prender a circulação de retorno); epilepsia (é bom tomar cuidado com crises. Salvo se estiver em tratamento neurológico); problemas cardíacos (a postura pode dificultar a respiração); osteoporose (a postura pode causar algum dano aos ossos fracos); flebite ou trombose (a postura pode prender a circulação de retorno) e cirurgias de reposição (a postura pode prejudicar a cicatrização e o restabelecimento).
Em alguns casos a reflexologia também é contra-indicada durante o período de gestação da mulher.
Percebemos então que a reflexologia, como toda a terapia, tem suas limitações. Desconfie se o massagista prometer curas milagrosas, como acabar com úlceras ou resolver distúrbios psicológicos. No máximo, um terapeuta sério e bem-preparado consegue enxergar alterações em uma área do corpo. Um profissional confiável apenas sugere que o paciente procure um especialista e faça exames de tira-teima. Para ter garantia de estar nas mãos certas, deixe o constrangimento de lado e investigue a formação do massagista, que deve incluir sólidos conhecimentos de anatomia e fisiologia.
Ainda assim é possível aproveitar uma boa massagem amadora nos pés sem maiores riscos.
MASSAGEM CASEIRA.
Tenha em mãos duas toalhas macias e aquecidas, ólea para massagem com temperatura morna e lenço de papel, no caso do óleo respingar.
Antes de iniciar a massagem lavar bem os pés da pessoa que será massageada com água morna e secar cuidadosamente.
Então, firmemente. Não faça de maneira suave, pois algumas pessoas têm cócegas espalhe óleo sobre o pé.
Quando você terminar a massagem em um dos pés, gentilmente envolva-o na toalha pré-aquecida e deixe-o descansando. Enquanto isto comece a trabalhar o outro pé, realizando os mesmos movimentos e envolvendo-o em outra toalha pré-aquecida ao final da massagem.
Segure o pé com sua mão esquerda e pressione a sola com força, as articulações dos dedos da mão direita sobre a sola do pé.
Com pequenos movimentos circulares atue sobre toda a sola do pé.
Com a palma da mão, pressione os dedos dos pés para trás e segure-os nesta posição. Conte até dez.
Repita este movimento mais 3 vezes. Isto ajudará a alongar os dedos dos pés.
Trabalhe sobre toda a sola do pé com ambos os polegares ao mesmo tempo e cobrindo toda a sola do pé em movimentos circulares e pressione-os com bastante força.
Com os polegares, em movimentos circulares, massageie o peito do pé, não aplique muita pressão, esta é uma área mais sensível.
Quando você estiver próximo ao calcanhar evite massagear o osso, simplesmente deslize seus dedos suavemente sobre o osso do calcanhar.
A parte de cima do pé é dividida por tendões que chegam a cada dedo.Apóie o pé em uma das mãos e com o polegar da outra mão colocado entre os tendões, deslize-a na direção dos dedos dos pés a partir do calcanhar. Faça este movimento para separação entre os tendões.
E finalmente segure o pé entre suas duas mãos e imagine que suas mãos estão transferindo energia para o pé.
Então, bem devagar, deslize suas mãos na direção dos dedos dos pés até que os dedos de sua mão toquem os dedos do pé. Nesta hora dê uma longa pausa e fique nesta posição tocando apenas as pontas dos dedos, em seguida deslize sua mão até perder o contato com o pé. Espero que este tópico seja útil, especialmente para os podolátras.

Saúde, abraços e cócegas a todos.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

TRINDADE TICKLING: HUMANIDADE, CÓCEGAS E RISOS.


As cócegas são alvos de diversas pesquisas e estudos científicos sérios. Estas estranhas reações, tão antigas quanto o próprio ser humano, despertam o interesse pelas mais brilhantes mentes de nosso planeta.

O senhor Robert R. Provine, professor de psicologia e neurociência da Universidade de Maryland (EUA) concluiu em entrevistas mais de 1.200 pessoas que os mais falantes muito riem 46% dos que os mais calados; as mulheres riem 20% mais do que os homens; e a audiência ri muito mais quando o falante é do sexo masculino. ''E os comediantes são os que mais riem da própria piada'', segundo ele. O Resultado completo está no livro: A scientific investigation (Risada: Uma investigação científica).

Para o professor Provine o riso não está ligado diretamente a situações de humor e que não é uma exclusividade da raça humana. Conta que os símios também riem e que os chimpanzés adoram fazer cócegas uns nos outros como uma forma de estreitar as relações entre eles.

O que mais o fascinou, no entanto, teria sido as cócegas na sociedade humana feita em em amigos, parentes, namorados, maridos etc. E que "se alguém faz cócegas em você é sinal de que há um romance a caminho. Nós gostamos sete vezes mais de receber cócegas de alguém do sexo oposto."

Tendo como base uma das afirmações do professor Provine em seu livro poderemos chegar a algumas explicações supreendentes.

A risada contagiosa sugere o cérebro tem mecanismos que detectam e repetem o riso.
Em janeiro de 1962, um surto de riso num internato para garotas de Kahasha, um pequeno vilarejo na Tanzânia, obrigou o fechamento temporário da escola. A “epidemia” começara da maneira mais simples do mundo. Três alunas desataram rir e logo as gargalhadas tomaram conta de outras 95 das 159 meninas do internato. Eram ataques que podiam durar poucos minutos, um par de horas, mas também vários dias. A escola reabriu suas portas quatro meses depois, porém teve que fechá-las novamente em poucas semanas. Tudo porque outras 57 meninas haviam sido contaminadas pelo surto de hilaridade.

As risadas não se restringiam aos corredores da escola. A epidemia espalhou-se rapidamente por alguns grotões do país africano. Logo outras regiões da Tanzânia estavam sofrendo com o surto de gargalhadas espalhado pelas alunas do internato.

As risadas foram parar em Nshamba, cidade natal de várias garotas. Mais ou menos 200 dos 10000 habitantes- ou 2% da população contraíram um riso incontrolável, torrencial. Pelos registros apresentados pelo professor Provine, tratava-se de uma epidemia eminentemente feminina: começava com as adolescentes das escolas, depois passava para suas mães e, em seguida, tias e primas também riam largamente. Nenhum homem foi contaminado.

A epidemia só entregou os pontos 2 anos depois, em junho de 1964, deixando um saldo de 1000 pessoas contaminadas. E só foi possível debelá-la porque as autoridades locais submeteram as cidades a quarentena. Ninguém podia entrar ou sair das regiões atingidas enquanto houvesse alguém gargalhando. Sem achar a menor graça naquilo tudo, investigou-se a possibilidade de um surto de encefalite ou mesmo alguma reação tóxica. Todos os resultados foram negativos. A conclusão apelou para a boa e velha psicologia: presumivelmente, o que houve foi um surto de histeria.

Na opinião do professor Provine isto prova que o homem é menos predisposto ao riso que a mulher.

Eles tenderiam, no dia-adia, a parar de rir na frente delas enquanto que elas ririam mais quando eles estão por perto. As mulheres riem muito na presença de homens que elas acham atraentes e os homens acham atrativas as mulheres que riem na perto dele. O professor Provine e sua equipe observaram que as mulheres em uma audiência riem mais quando o palestrante é um homem.

A capacidade de rir estaria marcada em nossa ascenção evolutiva. A pedagoga Paula Dely disse certa vez no site Aprende Brasil que a aprendizagem das regras sociais não ocorre apenas penas devido à educação que recebemos. "Ela começou muito cedo, lá naquela brincadeira de jogar as coisas no chão para o adulto pegar ou naquela brincadeira de fazer cócegas, quando o bebê aprende que, para ter de novo a sensação deliciosa das cócegas, deve emitir algum tipo de sinal para o adulto e que há um momento certo para emitir esse sinal."

A capacidade humana de sentir cócegas e a de rir, segundo os especialistas , surgem entre 13ª e a 16ª de vida.

Num depoimento a Science, ano de 2005, o psicólogo Jaak Panksepp, da Universidade de Northwestern, Ohio, uma prova de que o riso é anterior ao homem é que seus circuitos neurológicos estão localizados nas partes mais antigas do cérebro. Além disso, sabe-se que havia formas de riso e jogos em outros animais, milhares de anos antes de o ser humano desenvolver a expressão oral.

O professor Provine em seu livro arrisca uma explicação evolutiva baseada em observações junto a uma das mais prestigiadas instituições de pesquisa de primatas do mundo, o Yerkes Regional Primate Research Center, em Atlanta, no Estado americano da Geórgia. A risada seria uma "relíquia" vocal de tempos mais primitivos que coexistiria com a fala humana. Estaria aí, diz Provine, a razão para o homo sapiens ser dotado de fala e macacos, não. Embora ambos guinchem coletivamente.

"A risada é um ato de natureza psicológica e biológica que nos aproxima de nossos primos, os macacos", diz o professor Provine. O naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882), em A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais, já registrava que, se alguém fizesse cócegas num jovem chimpanzé, ele seria capaz de emitir sons semelhantes a risadas. "Se um estranho fizer cócegas numa criança pequena, ela gritará de medo". Afirmou há mais de um século . Ou seja, é preciso conhecer quem nos faz cócegas para rir o que acentua o caráter sociológico das cócegas entre primatas. Todavia talvez os cães, como vem tentando provar há alguns anos uma pesquisa levada a cabo por especialistas da Universidade de Sierra Nevada, Estados Unidos, também sejam capazes de rir. O estudo levou em conta as alterações na respiração do melhor amigo do homem. "Durante brincadeiras, cães vocalizam um som semelhante à risada", afirma a psicóloga Patrícia Simonet, que já publicou uma série de ensaios sobre o assunto nas principais revistas científicas americanas.

Mas para o psicólogo Panksepp, o melhor estudo é o dos ratos, que quando brincam emitem muitos chiados que refletem sentimentos positivos. As cócegas feitas a esses ratos resultaram numa aproximação entre roedores que pareceram buscar o prazer do riso e preferiram brincar com os que emitiam esse ruído, afirmou.

Acredita-se que sentir cócegas é uma reação de pânico que o homem adquiriu para defender-se, respondendo rapidamente ao perigo. Esta seria a explicação porque elas geram sempre uma risada nervosa. Quando uma aranha ou inseto tentava passear pela pele de nossos antepassados, eram as cócegas que os faziam perceber e expulsar o bicho sem precisar entender exatamente o que acontecia.

A sensação de cócegas é causada pela estimulação de receptores sensitivos cutâneos não-específicos (terminações livres), os mesmos relacionados à sensibilidade dolorosa.
Então como explicar a função social antropológica das cócegas se elas estão relacionadas ao medo e de certa forma, a dor?

Uma justificava bastante plausível é o grande aumento de endorfinas durante uma sessão de cócegas (substância liberada no sangue que ajuda a tomar decisões importantes em momento de tensão e estresse, e também responsável pela sensação de bom humor e bem-estar).

Igualmente devemos ponderar que estes mesmos receptores transmitem a estimulação das cócegas até o hipotálamo que é o centro do prazer no cérebro.

As cócegas estão inseridas em nossa sociedade de maneira integral. Não há coceguento que desconheça o grau da sua própria sensibilidade.

Se alguém ameaça a um(a) coceguento(a) com cócegas e vem em sua direção mexendo do dedos, muito provavelmente vai começar à rir, antes mesmo ter sido tocado(a). Martin Ingvar e o seu time de pesquisadores do Instituto Karolinska de Estocolmo na Suécia, queriam descobrir o que estava acontecendo no seu cérebro quando isto acontecia. Usando uma técnica de imagem chamada de Ressonância Magnética Funcional, eles compararam as imagens do funcionamento cerebral durante as cócegas e também durante a situação em que cócegas são antecipadas.

Eles descobriram que a situação de antecipação das cócegas ativava as mesmas áreas que as cócegas reais. As áreas que se mostraram mais ativas foram o córtex sensorial primário e secundário, indicando que o cérebro é capaz de prever que tipo de sensação irá surgir. Mas qual a vantagem disto? Através da previsão de resultados, o cérebro pode acelerar a reação à estímulos perigosos como objetos se aproximando rapidamente. Este tipo de reação também pode ser importante para evitar ou pegar objetos.

Uma pergunta intrigante...
Você já imaginou porque as pessoas tem dificuldades em fazer cócegas em si mesmas? Esta é a dúvida que foi pesquisada por Sarah-Jayne Blakemore, Daniel Wolpert e Chris Frith da University College de Londres, Inglaterra. Eles usaram o aparelho de Ressonância Magnética Funcional para observar o funcionamento do cérebro de pessoas enquanto estas tentava fazer cócegas em si mesmas e quando recebiam cócegas de outras pessoas na palma da mão.

Os resultados obtidos sugerem que você não poderia fazer cócegas em si mesmo, pois o seu cérebro consegue prever as cócegas por causa das informações que ele já tem sobre a movimentação dos seus dedos. Certas áreas do cérebro, incluindo o córtex sensorial secundário e a parte anterior do córtex cingulado, ficam menos ativos quando você faz cócegas em si mesmo. As pessoas que participaram do experimento também disseram que elas estavam muito mais propensas a sentir cócegas quando outras pessoas faziam do que quando elas tentavam fazer cócegas em si mesmas. Outra parte do cérebro, o cerebelo, também reagiu de forma diferente dependendo de onde vinha o toque (de outra pessoa ou dela mesma). O cerebelo controla o equilíbrio e coordenação, por isto, ele pode estar envolvido na previsão de que efeito um movimento de uma parte do corpo vai ter em outras partes.

Por que esta pesquisa é importante?
Todas as vezes que os cientistas aprendem algo novo sobre como cérebro funciona em situações normais, novas informações são descobertas e podem nos ajudar à explicar o que acontece quando algo não funciona bem. No caso, as informações sobre como o cérebro diferencia toques feitos por si mesmo ou por pessoas diferentes podem nos ajudar a entender mais sobre os mistérios da esquizofrenia. Pessoas com esquizofrenia têm dificuldade em diferenciar estímulos externos de internos ou gerados pela própria pessoa. Como explicam o Dr. Firth e uma colega a Dra. Blakemore, há um problema na auto-percepção. Ela dá o exemplo de uma pessoa com esquizofrenia:
"Meus dedos pegam a caneta, mas eu não os controle. O que eles fazem não tem nada a ver comigo"

Pessoas com esquizofrenia freqüentemente acreditam que estão sendo tocadas, mesmo que ninguém esteja tocando nelas. Algumas pessoas com esquizofrenia ouvem vozes (alucinações auditivas), mesmo quando não exista ninguém por perto.Para dar mais suporte à teoria que algo não vai bem na auto-percepção nos esquizofrênicos, Frith e colaboradores compararam pacientes que tem sintomas de esquizofrenia com aqueles que não tem. Os pacientes sem sintomas eram muito mais susceptíveis à cócegas de outra pessoa que os pacientes com esquizofrenia (o que suporta os resultados encontrados na pesquisa acima). Aqueles que apresentavam alucinações auditivas e outros sintomas de esquizofrenia não reportavam nenhuma diferença em relação à susceptibilidade em relação às cócegas. Eles tinham o grau de susceptibilidade independentemente se as cócegas eram aplicadas por outras pessoas ou por elas mesmas!

O doutor Chris Frith, do departamento de Neurologia Cognitiva da Wellcome Foundation, em Londres, e seu grupo montaram um robozinho para reproduzir um dedo humano fazendo cócegas na palma da mão de voluntários. Que, munidos de uma tabela para dar "notas" às sensações, sempre julgavam a sensação causada pelo robozinho como mais intensa, mais agradável, e causando mais cócegas do que quando as pessoas usavam o próprio dedo.
Outra predição era que o cérebro deveria responder bem menos a tentativas de cócegas auto-provocadas do que às feitas por outra pessoa. Seis voluntários entraram em um aparelho de ressonância magnética, e o nível de atividade em seus cérebros foi escaneado enquanto eles usavam um aparelho para fazer cócegas na palma da própria mão. Era uma caixinha com uma alavanca, empurrada com um dedo, que mexia uma espuminha, que acariciava a palma da outra mão. Às vezes a própria pessoa mexia a alavanca; outras, era o pesquisador, do lado de fora do aparelho, quem produzia o movimento.

De fato, a resposta no córtex somestésico, a região do cérebro que sente toques na pele, era muito maior quando as cosquinhas eram feitas pelo pesquisador. Quando o voluntário controlava a espuma, produzindo exatamente a mesma estimulação, a ativação do córtex somestésico era bem menor. E se há menos ativação, a sensação é menor. Exatamente conforme previsto: o cérebro não responde tão bem a estímulos causados pela própria pessoa.

Os pesquisadores propõem que é o cerebelo quem faz a previsão das sensações decorrentes dos movimentos, funcionando mais ou menos como um "detector de sensações inusitadas". Quando as sensações não combinam com a predição, ele "dispara", e gera um sinal para permitir uma resposta do córtex sensorial. Mas se a sensação combina com a predição, ele não dispara e não acontece grande coisa no córtex sensorial.

Foi o que os pesquisadores encontraram. Cócegas vindas "de fora" são pegas pelo detector e ativam o cerebelo, mas tentativas de fazer cócegas em si mesmo não dão em nada.

Se é a predição que faz a diferença, uma maneira de aumentar as cócegas deve ser enganando a própria predição. E foi o que os voluntários de Frith conseguiram fazendo cócegas em si mesmos por controle-remoto. Ao invés de fazer cócegas diretamente com uma mão na outra, os movimentos feitos com a mão esquerda eram transmitidos para o robô na mão direita pelo controle-remoto. Como esperavam, não dava muitas cócegas. Só que às vezes o controle-remoto dava um tempinho antes de fazer as cócegas, para esperar a predição "passar". Quanto mais tempo ele dava, mais cócegas a pessoa sentia cócegas feitas por ela mesma como na pesquisa feita pelos suecos!

Um outro pormenor interessante na pesquisa inglesa: A ativação do córtex somestésico é atenuada por qualquer movimento que você faça. No experimento do doutor Chris Frith, bastava a pessoa mover a alavanca, sem que a espuma encostasse na pele, para que houvesse desativação do córtex somestésico.

Então é impossível fazer cócegas em si mesmo sem "pegar-se" desprevinido?
É claro que... não!!! Os ingleses aprofundaram-se mais em suas pesquisas e testes ao longo do tempo que seus colegas suecos. Agora se sabe que tudo é uma questão do período de tempo que o córtex é auto-estimulado. Constatando que é o próprio cérebro que bloqueia as mensagens e estímulos nervosos enviados pelas autocócegas, os cientistas prolongaram ao limite máximo em alguns voluntários o tempo em que eles ficavam fazendo cócegas em si mesmos. Resultado: também essas pessoas começaram a rir muito. Concluíram assim que o córtex também acaba se rendendo e reage às autocócegas, só que num espaço de tempo muito maior.

Em que mais o estudo sobre cócegas tem beneficiado a humanidade?
Síndrome de Moebius é uma referência ao neurologista austríaco Paul Julius Moebius (1853-1907), que adescobriu uma anomalia congênita caracterizada pela falta de expressão facial. Dois nervos cranianos importantes, o sexto e o sétimo, não se desenvolvem totalmente, causando paralisia facial e do músculo que controla os olhos. Movimentos da face - piscar os olhos, movimentar os olhos lateralmente e as expressões faciais - são controladas por esses nervos.Portadores da Síndrome de Moebius não conseguem sorrir ou franzir a testa, por exemplo, e muitas vezes não podem piscar ou movimentar os olhos de um lado para outro. Possuem, ainda, a boca semi-aberta e muitos não conseguem fechar os olhos para dormir. Adicionalmente podem haver deformidades na língua e mandíbula (o que obriga os portadoresa se alimentar por meio de sondas), e até de alguns membros, incluindo pés e braços, ausência de dedos ou dedos unidos. Muitas crianças podem apresentar ausência de músculos peitorais ou flacidez dos músculos do pescoço e da parte superior do corpo. Não há ainda uma explicação científica para a ocorrência da síndrome, que pode estar associada a diferentes fatores. Nascem crianças com Moebius em gestações normais. Estudos médicos, porém, demonstraram o crescimento da incidência de Síndrome de Moebius em mães que tomaram o medicamento Citotek durante a gravidez.

Bodybrushing é um tratamento baseado na estimulação corporal (body) com pincel (brush). Desenvolvido pelo terapeuta inglês Steve Clarke, o tratamento tem ajudado crianças, adolescentes e adultos com dificuldades de aprendizagem e concentração (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), com diagnósticos de atraso no desenvolvimento, com Dispraxia, Dislexia e Síndrome de Moebius. A estimulação é realizada com um pequeno pincel de cerdas macias, que deve ser passado sobre as costas, tórax, pescoço, face e outras partes do corpo dos pacientes, seguindo uma orientação específica.

O criador da técnica tem vindo ao Brasil a cada dois meses para tratar de um grupo de pacientes com necessidades especiais. O tratamento tem ajudado crianças, adolescentes e adultos com dificuldades de aprendizagem e concentração (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), com diagnósticos de atraso nodesenvolvimento, com Dispraxia, Dislexia e Síndrome de Moebius. Steve possui pacientes em toda a Europa, EUA e Brasil.

Testemunho
A matéria a seguir é antiga, porém interessante.
Uma das crianças com Moebius tratadas por Steve é a menina Emma, da Inglaterra. Jornais ingleses publicaram reportagens sobre ela. A pequena Emma Gratton, de 4 anos (deve ser mais velha atualmente), sempre foi uma garota adoravelmente divertida, mas até então ela não conseguia mostrar isso. Nascida com esta rara condição que afeta o sistema nervoso e causa paralisia dos nervos ela, até um ano atrás (relação a publicação original da matéria), era incapaz de mostrar qualquer expressão facial: sorrir, movimentar os olhos ou mesmo fechá-los para dormir. Ela também apresentava dificuldades para se alimentar, falar e respirar. Graças ao novo tratamento pioneiro, Emma pode encarar o mundo com um sorriso pela primeira vez. O tratamento envolve estimulação das terminações nervosas em partes do corpo da menina com um pincel. Os pais de Emma, Ian e Sally, fazem cócegas na face, mãos e costas da filha duas vezes ao dia (manhã e noite) em casa. As pinceladas estimulam as terminações nervosas. A cada três ou quatro meses eles visitam o terapeuta para reavaliação e continuidade do tratamento. A mãe de Emma conta que o sorriso foi aparecendo gradualmente até tornar-se completo. Ela disse: Primeiro os lábios dela começaram a se mover lentamente, depois surgiu uma covinha e agora ela pode sorrir totalmente. Ela também confessou na época: Nós tínhamos um pouquinho de dúvida quando começamos o tratamento, mas hoje (naquele tempo) vemos que realmente funciona.

A cada dois meses os resultados do tratamento por Bodybrushing são avaliados e uma nova estimulação é indicada.

Como constatamos, às cócegas são tão antigas quanto a humanidade e de muito valor para a mesma. Quando alguém conhece o seu lado tickler ela está nada mais e nada menos que conhecendo a própria alma.

Abraços e cócegas para todos.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

MITOS E LENDAS: CÓCEGAS NA INQUISIÇÃO


Nem tudo o que se lê na Internet pode ser levado em conta. Embora a Rede Mundial de Computadores seja um instrumento formidável de pesquisa, também é uma armadilha para leigos, incautos e crédulos. Lamentavelmente o Tickling não está a salvo de logros e inverdades.
Tomo como exemplo um tema muito comum em contos, desenhos e vídeos do nosso gênero parafilista: torturas de cócegas durante a Idade Média promovidas pela Santa Inquisição.
Qual de nós já não se deliciou com tais histórias? Qual de nós já não se colocou no lugar do torturador ou da vítima, geralmente uma pessoa inocente, condenada pela loucura e fanatismo que sempre cremos que um dia teve a Igreja Católica?
Uma simples pesquisa num site de busca qualquer um encontra este seguinte texto:
"Morrer de rir
Significativo: Esbaldar-se de rir.
Histórico:
A partir de 1231, a Inquisição instituiu a tortura e a pena de morte aos perseguidos. Dizem os textos de então que uma forma de tortura aplicada pelos padres católicos era fazer cócegas nos pés dos infiéis, com pena de ganso, até que eles "morressem de rir". Com o tempo, a tortura foi ficando bem pior e ninguém ria mais. ria mais."
Até certo ponto faz sentido... Até certo ponto... Voltarei a este assunto depois....
Num conceituado site sobre fetiches (o site em questão não faz a diferenciação entre fetiches e parafilias) descobri num "chache" um texto comentando justamente a relação do Tickling e a Inquisição. Eis o trecho que mais me chamou a atenção:
"Contam alguns registros históricos que o "réu" era amarrado da mesma forma, e depois era passado em seus pés sal grosso e duas cabras lambiam-lhe os pés, havidas pelo sal contido nelas, causando-lhe cócegas intermináveis. Há também alguns registros de que os verdugos faziam com que as cabras lambessem os pés do supliciado até que descarnassem-lhes as solas, causando além das já sabidas cócegas, também intensa dor pelo contato da carne viva, com o sal grosso."
Que registros históricos seriam estes? Esta descrição não bate de forma alguma com a verdade.
A Igreja Católica foi a primeira instituição a opor-se contrariamente a idéia de tortura como meio de obter confissão numa época em que este método era considerado normal e aceitável.
As sessões de tortura promovidas pelo catolicismo medieval visavam arrancar informações sobre atividades heréticas de indivíduos suspeitos. Jamais uma declaração de culpa.
Ademais, uma sessão de tortura da Inquisição somente ocorria obedecendo aos seguintes preceitos:
1 - Deveria ter aprovação de um Bispo;
2 - Um médico deveria acompanhar a sessão avaliando a condição de saúde do interrogado;
4 - Não poderia haver derramamento de sangue durante a sessão;
5 - Uma sessão não poderia durar mais que trinta minutos;
6 - O interrogado não poderia sofrer uma segunda ou mais sessões.
Estas minhas informações foram extraídas de sites que estudam seriamente o tema. Por incrível que possa parecer a Inquisição não causou tantas mortes e torturas quanto a grande maioria supõe.
Esforçando-me para dar este blog um caráter de sobriedade consultei Augusto Camillo, membro de uma das maiores comunidade católica do Orkut (CATÓLICOS), um grande estudioso sobre a religião além de ser um católico exemplar.
Sobre o assunto ele me respondeu por e-mail:
"Amigo, eu já ouvi dizer que esta de "cócegas até morrer" veio da China. Dizem que aplicavam-se muito lá para matar os cristãos. Colocava-se o indivíduo amarrado de ponta cabeça e aplicava-se mel na sola de seus pés. Ajuntava-se abelhas e essas provocavam cócegas. Olha, que isso tenha sido usado na Inquisição, acho pouco provável. Mesmo pq não se tem nenhuma notícia desse "feito". Deve ser mais estória do que história. Existem "N" acusações contra a Igreja, sempre aparece algo e "jogam" nas costas dEla.O que mais existe é "lorota" em cima de "lorota". Mas se souber qqer coisa te aviso, ok?
Pax Iesus"
Acho que faz algum sentido a crença que cócegas poderiam ter sido usadas como parte de uma sessão de tortura na Inquisição Católica, pois elas não causam lesões e sangramento e são mais administráveis que a dor.
No entanto teria que se ter a certeza de uma boa sensibilidade por parte dos interrogados. Nem todo mundo tem cócegas, mas a dor é universal.
Não quero desanimar contistas, desenhistas, roteiristas de vídeos Tickling nem os fãs com este tópico. A Igreja Católica não foi a única a cometer Inquisições, portanto, a nossa imaginação continua livre e as possibilidades diversas.
Mas suspeitem sempre ao lerem algum artigo na Net. Nem tudo o que está nela é verídica.
Abraços e cócegas para todos.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

FETICHES E PARAFILIAS


Saudações a todos! Eu espero fazer deste pequeno recanto um lugar onde possamos, sobretudo, debater e nos informar melhor sobre o Tickling: o parafilismo das cócegas. Inicio as discussões argumentando que o Tickling não é na verdade um fetiche como estamos acostumados a dizer, mas uma parafília. Um fetiche é atração, ou desejo, por uma partes ou partes de um corpo ou de uma indumentária específica. Exemplos clássicos são a podolatria e o gosto por meias de nylons e langeris. Há homens que se excitam mais com um par de lindos pés femininos que belas nádegas ou seios exuberantes. Também existem aqueles que apreciam mais uma mulher vestindo corpete de renda e cinta-liga que a mesma nua em pêlo. Outros não resistem a representantes do sexo oposto quando vestem roupas colantes, de couro ou látex. Alguns se babam por calçados femininos. Partes do corpo como axilas a barrigas também são alvos de fetichistas. Já parafilias são relacionadas a uma prática que dá o indivíduo sensação de prazer tão ou mais prazeroso que o sexo em si. Os ticklers são pessoas que tem nas sessões de cócegas um ritual de plena satisfação seja como elemento ativo ou passivo. Existem também outras formas de parafilismo como o Bondage (prazer na imobilização por instrumentos como cordas, algemas, camisas-de-força, "troncos", etc) e Spanking (espancar alguém nas nádegas). É verdade que muitas pessoas associam fetichismo e parafilias como gostar de fazer cócegas somente nos pés. Neste caso ele é tanto fetichista quando parafilista, mas sempre haverá uma tendência maior para uma coisa ou outra. Dando um testemunho pessoal, coisa que raramente faço, devo confessar que para mim o tickling não é algo que adquiri com o tempo, mas nasceu comigo. Tenho obsessão desde 8 anos de idade. Era uma coisa que nunca deixava minha mente. Tive experiências antes de descobrir que existiam milhares de pessoas iguais a mim com um histórico de vida semelhante. Ou seja: Você é parafilista ou fetichista como uma característica oriunda do berço. Pode-se praticar parafilias ou fetichismos como um modo de quebrar uma rotina com seu parceiro ou parceira, mas não significa que seja um tickler ou um podolatra autêntico. Creio que como primeiro tópico a minha explanação sobre o tema que me propus está razoável. Tomara que eu agrade aqueles que visitarem meu blog.
Abraços!