quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

TRINDADE TICKLING: HUMANIDADE, CÓCEGAS E RISOS.


As cócegas são alvos de diversas pesquisas e estudos científicos sérios. Estas estranhas reações, tão antigas quanto o próprio ser humano, despertam o interesse pelas mais brilhantes mentes de nosso planeta.

O senhor Robert R. Provine, professor de psicologia e neurociência da Universidade de Maryland (EUA) concluiu em entrevistas mais de 1.200 pessoas que os mais falantes muito riem 46% dos que os mais calados; as mulheres riem 20% mais do que os homens; e a audiência ri muito mais quando o falante é do sexo masculino. ''E os comediantes são os que mais riem da própria piada'', segundo ele. O Resultado completo está no livro: A scientific investigation (Risada: Uma investigação científica).

Para o professor Provine o riso não está ligado diretamente a situações de humor e que não é uma exclusividade da raça humana. Conta que os símios também riem e que os chimpanzés adoram fazer cócegas uns nos outros como uma forma de estreitar as relações entre eles.

O que mais o fascinou, no entanto, teria sido as cócegas na sociedade humana feita em em amigos, parentes, namorados, maridos etc. E que "se alguém faz cócegas em você é sinal de que há um romance a caminho. Nós gostamos sete vezes mais de receber cócegas de alguém do sexo oposto."

Tendo como base uma das afirmações do professor Provine em seu livro poderemos chegar a algumas explicações supreendentes.

A risada contagiosa sugere o cérebro tem mecanismos que detectam e repetem o riso.
Em janeiro de 1962, um surto de riso num internato para garotas de Kahasha, um pequeno vilarejo na Tanzânia, obrigou o fechamento temporário da escola. A “epidemia” começara da maneira mais simples do mundo. Três alunas desataram rir e logo as gargalhadas tomaram conta de outras 95 das 159 meninas do internato. Eram ataques que podiam durar poucos minutos, um par de horas, mas também vários dias. A escola reabriu suas portas quatro meses depois, porém teve que fechá-las novamente em poucas semanas. Tudo porque outras 57 meninas haviam sido contaminadas pelo surto de hilaridade.

As risadas não se restringiam aos corredores da escola. A epidemia espalhou-se rapidamente por alguns grotões do país africano. Logo outras regiões da Tanzânia estavam sofrendo com o surto de gargalhadas espalhado pelas alunas do internato.

As risadas foram parar em Nshamba, cidade natal de várias garotas. Mais ou menos 200 dos 10000 habitantes- ou 2% da população contraíram um riso incontrolável, torrencial. Pelos registros apresentados pelo professor Provine, tratava-se de uma epidemia eminentemente feminina: começava com as adolescentes das escolas, depois passava para suas mães e, em seguida, tias e primas também riam largamente. Nenhum homem foi contaminado.

A epidemia só entregou os pontos 2 anos depois, em junho de 1964, deixando um saldo de 1000 pessoas contaminadas. E só foi possível debelá-la porque as autoridades locais submeteram as cidades a quarentena. Ninguém podia entrar ou sair das regiões atingidas enquanto houvesse alguém gargalhando. Sem achar a menor graça naquilo tudo, investigou-se a possibilidade de um surto de encefalite ou mesmo alguma reação tóxica. Todos os resultados foram negativos. A conclusão apelou para a boa e velha psicologia: presumivelmente, o que houve foi um surto de histeria.

Na opinião do professor Provine isto prova que o homem é menos predisposto ao riso que a mulher.

Eles tenderiam, no dia-adia, a parar de rir na frente delas enquanto que elas ririam mais quando eles estão por perto. As mulheres riem muito na presença de homens que elas acham atraentes e os homens acham atrativas as mulheres que riem na perto dele. O professor Provine e sua equipe observaram que as mulheres em uma audiência riem mais quando o palestrante é um homem.

A capacidade de rir estaria marcada em nossa ascenção evolutiva. A pedagoga Paula Dely disse certa vez no site Aprende Brasil que a aprendizagem das regras sociais não ocorre apenas penas devido à educação que recebemos. "Ela começou muito cedo, lá naquela brincadeira de jogar as coisas no chão para o adulto pegar ou naquela brincadeira de fazer cócegas, quando o bebê aprende que, para ter de novo a sensação deliciosa das cócegas, deve emitir algum tipo de sinal para o adulto e que há um momento certo para emitir esse sinal."

A capacidade humana de sentir cócegas e a de rir, segundo os especialistas , surgem entre 13ª e a 16ª de vida.

Num depoimento a Science, ano de 2005, o psicólogo Jaak Panksepp, da Universidade de Northwestern, Ohio, uma prova de que o riso é anterior ao homem é que seus circuitos neurológicos estão localizados nas partes mais antigas do cérebro. Além disso, sabe-se que havia formas de riso e jogos em outros animais, milhares de anos antes de o ser humano desenvolver a expressão oral.

O professor Provine em seu livro arrisca uma explicação evolutiva baseada em observações junto a uma das mais prestigiadas instituições de pesquisa de primatas do mundo, o Yerkes Regional Primate Research Center, em Atlanta, no Estado americano da Geórgia. A risada seria uma "relíquia" vocal de tempos mais primitivos que coexistiria com a fala humana. Estaria aí, diz Provine, a razão para o homo sapiens ser dotado de fala e macacos, não. Embora ambos guinchem coletivamente.

"A risada é um ato de natureza psicológica e biológica que nos aproxima de nossos primos, os macacos", diz o professor Provine. O naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882), em A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais, já registrava que, se alguém fizesse cócegas num jovem chimpanzé, ele seria capaz de emitir sons semelhantes a risadas. "Se um estranho fizer cócegas numa criança pequena, ela gritará de medo". Afirmou há mais de um século . Ou seja, é preciso conhecer quem nos faz cócegas para rir o que acentua o caráter sociológico das cócegas entre primatas. Todavia talvez os cães, como vem tentando provar há alguns anos uma pesquisa levada a cabo por especialistas da Universidade de Sierra Nevada, Estados Unidos, também sejam capazes de rir. O estudo levou em conta as alterações na respiração do melhor amigo do homem. "Durante brincadeiras, cães vocalizam um som semelhante à risada", afirma a psicóloga Patrícia Simonet, que já publicou uma série de ensaios sobre o assunto nas principais revistas científicas americanas.

Mas para o psicólogo Panksepp, o melhor estudo é o dos ratos, que quando brincam emitem muitos chiados que refletem sentimentos positivos. As cócegas feitas a esses ratos resultaram numa aproximação entre roedores que pareceram buscar o prazer do riso e preferiram brincar com os que emitiam esse ruído, afirmou.

Acredita-se que sentir cócegas é uma reação de pânico que o homem adquiriu para defender-se, respondendo rapidamente ao perigo. Esta seria a explicação porque elas geram sempre uma risada nervosa. Quando uma aranha ou inseto tentava passear pela pele de nossos antepassados, eram as cócegas que os faziam perceber e expulsar o bicho sem precisar entender exatamente o que acontecia.

A sensação de cócegas é causada pela estimulação de receptores sensitivos cutâneos não-específicos (terminações livres), os mesmos relacionados à sensibilidade dolorosa.
Então como explicar a função social antropológica das cócegas se elas estão relacionadas ao medo e de certa forma, a dor?

Uma justificava bastante plausível é o grande aumento de endorfinas durante uma sessão de cócegas (substância liberada no sangue que ajuda a tomar decisões importantes em momento de tensão e estresse, e também responsável pela sensação de bom humor e bem-estar).

Igualmente devemos ponderar que estes mesmos receptores transmitem a estimulação das cócegas até o hipotálamo que é o centro do prazer no cérebro.

As cócegas estão inseridas em nossa sociedade de maneira integral. Não há coceguento que desconheça o grau da sua própria sensibilidade.

Se alguém ameaça a um(a) coceguento(a) com cócegas e vem em sua direção mexendo do dedos, muito provavelmente vai começar à rir, antes mesmo ter sido tocado(a). Martin Ingvar e o seu time de pesquisadores do Instituto Karolinska de Estocolmo na Suécia, queriam descobrir o que estava acontecendo no seu cérebro quando isto acontecia. Usando uma técnica de imagem chamada de Ressonância Magnética Funcional, eles compararam as imagens do funcionamento cerebral durante as cócegas e também durante a situação em que cócegas são antecipadas.

Eles descobriram que a situação de antecipação das cócegas ativava as mesmas áreas que as cócegas reais. As áreas que se mostraram mais ativas foram o córtex sensorial primário e secundário, indicando que o cérebro é capaz de prever que tipo de sensação irá surgir. Mas qual a vantagem disto? Através da previsão de resultados, o cérebro pode acelerar a reação à estímulos perigosos como objetos se aproximando rapidamente. Este tipo de reação também pode ser importante para evitar ou pegar objetos.

Uma pergunta intrigante...
Você já imaginou porque as pessoas tem dificuldades em fazer cócegas em si mesmas? Esta é a dúvida que foi pesquisada por Sarah-Jayne Blakemore, Daniel Wolpert e Chris Frith da University College de Londres, Inglaterra. Eles usaram o aparelho de Ressonância Magnética Funcional para observar o funcionamento do cérebro de pessoas enquanto estas tentava fazer cócegas em si mesmas e quando recebiam cócegas de outras pessoas na palma da mão.

Os resultados obtidos sugerem que você não poderia fazer cócegas em si mesmo, pois o seu cérebro consegue prever as cócegas por causa das informações que ele já tem sobre a movimentação dos seus dedos. Certas áreas do cérebro, incluindo o córtex sensorial secundário e a parte anterior do córtex cingulado, ficam menos ativos quando você faz cócegas em si mesmo. As pessoas que participaram do experimento também disseram que elas estavam muito mais propensas a sentir cócegas quando outras pessoas faziam do que quando elas tentavam fazer cócegas em si mesmas. Outra parte do cérebro, o cerebelo, também reagiu de forma diferente dependendo de onde vinha o toque (de outra pessoa ou dela mesma). O cerebelo controla o equilíbrio e coordenação, por isto, ele pode estar envolvido na previsão de que efeito um movimento de uma parte do corpo vai ter em outras partes.

Por que esta pesquisa é importante?
Todas as vezes que os cientistas aprendem algo novo sobre como cérebro funciona em situações normais, novas informações são descobertas e podem nos ajudar à explicar o que acontece quando algo não funciona bem. No caso, as informações sobre como o cérebro diferencia toques feitos por si mesmo ou por pessoas diferentes podem nos ajudar a entender mais sobre os mistérios da esquizofrenia. Pessoas com esquizofrenia têm dificuldade em diferenciar estímulos externos de internos ou gerados pela própria pessoa. Como explicam o Dr. Firth e uma colega a Dra. Blakemore, há um problema na auto-percepção. Ela dá o exemplo de uma pessoa com esquizofrenia:
"Meus dedos pegam a caneta, mas eu não os controle. O que eles fazem não tem nada a ver comigo"

Pessoas com esquizofrenia freqüentemente acreditam que estão sendo tocadas, mesmo que ninguém esteja tocando nelas. Algumas pessoas com esquizofrenia ouvem vozes (alucinações auditivas), mesmo quando não exista ninguém por perto.Para dar mais suporte à teoria que algo não vai bem na auto-percepção nos esquizofrênicos, Frith e colaboradores compararam pacientes que tem sintomas de esquizofrenia com aqueles que não tem. Os pacientes sem sintomas eram muito mais susceptíveis à cócegas de outra pessoa que os pacientes com esquizofrenia (o que suporta os resultados encontrados na pesquisa acima). Aqueles que apresentavam alucinações auditivas e outros sintomas de esquizofrenia não reportavam nenhuma diferença em relação à susceptibilidade em relação às cócegas. Eles tinham o grau de susceptibilidade independentemente se as cócegas eram aplicadas por outras pessoas ou por elas mesmas!

O doutor Chris Frith, do departamento de Neurologia Cognitiva da Wellcome Foundation, em Londres, e seu grupo montaram um robozinho para reproduzir um dedo humano fazendo cócegas na palma da mão de voluntários. Que, munidos de uma tabela para dar "notas" às sensações, sempre julgavam a sensação causada pelo robozinho como mais intensa, mais agradável, e causando mais cócegas do que quando as pessoas usavam o próprio dedo.
Outra predição era que o cérebro deveria responder bem menos a tentativas de cócegas auto-provocadas do que às feitas por outra pessoa. Seis voluntários entraram em um aparelho de ressonância magnética, e o nível de atividade em seus cérebros foi escaneado enquanto eles usavam um aparelho para fazer cócegas na palma da própria mão. Era uma caixinha com uma alavanca, empurrada com um dedo, que mexia uma espuminha, que acariciava a palma da outra mão. Às vezes a própria pessoa mexia a alavanca; outras, era o pesquisador, do lado de fora do aparelho, quem produzia o movimento.

De fato, a resposta no córtex somestésico, a região do cérebro que sente toques na pele, era muito maior quando as cosquinhas eram feitas pelo pesquisador. Quando o voluntário controlava a espuma, produzindo exatamente a mesma estimulação, a ativação do córtex somestésico era bem menor. E se há menos ativação, a sensação é menor. Exatamente conforme previsto: o cérebro não responde tão bem a estímulos causados pela própria pessoa.

Os pesquisadores propõem que é o cerebelo quem faz a previsão das sensações decorrentes dos movimentos, funcionando mais ou menos como um "detector de sensações inusitadas". Quando as sensações não combinam com a predição, ele "dispara", e gera um sinal para permitir uma resposta do córtex sensorial. Mas se a sensação combina com a predição, ele não dispara e não acontece grande coisa no córtex sensorial.

Foi o que os pesquisadores encontraram. Cócegas vindas "de fora" são pegas pelo detector e ativam o cerebelo, mas tentativas de fazer cócegas em si mesmo não dão em nada.

Se é a predição que faz a diferença, uma maneira de aumentar as cócegas deve ser enganando a própria predição. E foi o que os voluntários de Frith conseguiram fazendo cócegas em si mesmos por controle-remoto. Ao invés de fazer cócegas diretamente com uma mão na outra, os movimentos feitos com a mão esquerda eram transmitidos para o robô na mão direita pelo controle-remoto. Como esperavam, não dava muitas cócegas. Só que às vezes o controle-remoto dava um tempinho antes de fazer as cócegas, para esperar a predição "passar". Quanto mais tempo ele dava, mais cócegas a pessoa sentia cócegas feitas por ela mesma como na pesquisa feita pelos suecos!

Um outro pormenor interessante na pesquisa inglesa: A ativação do córtex somestésico é atenuada por qualquer movimento que você faça. No experimento do doutor Chris Frith, bastava a pessoa mover a alavanca, sem que a espuma encostasse na pele, para que houvesse desativação do córtex somestésico.

Então é impossível fazer cócegas em si mesmo sem "pegar-se" desprevinido?
É claro que... não!!! Os ingleses aprofundaram-se mais em suas pesquisas e testes ao longo do tempo que seus colegas suecos. Agora se sabe que tudo é uma questão do período de tempo que o córtex é auto-estimulado. Constatando que é o próprio cérebro que bloqueia as mensagens e estímulos nervosos enviados pelas autocócegas, os cientistas prolongaram ao limite máximo em alguns voluntários o tempo em que eles ficavam fazendo cócegas em si mesmos. Resultado: também essas pessoas começaram a rir muito. Concluíram assim que o córtex também acaba se rendendo e reage às autocócegas, só que num espaço de tempo muito maior.

Em que mais o estudo sobre cócegas tem beneficiado a humanidade?
Síndrome de Moebius é uma referência ao neurologista austríaco Paul Julius Moebius (1853-1907), que adescobriu uma anomalia congênita caracterizada pela falta de expressão facial. Dois nervos cranianos importantes, o sexto e o sétimo, não se desenvolvem totalmente, causando paralisia facial e do músculo que controla os olhos. Movimentos da face - piscar os olhos, movimentar os olhos lateralmente e as expressões faciais - são controladas por esses nervos.Portadores da Síndrome de Moebius não conseguem sorrir ou franzir a testa, por exemplo, e muitas vezes não podem piscar ou movimentar os olhos de um lado para outro. Possuem, ainda, a boca semi-aberta e muitos não conseguem fechar os olhos para dormir. Adicionalmente podem haver deformidades na língua e mandíbula (o que obriga os portadoresa se alimentar por meio de sondas), e até de alguns membros, incluindo pés e braços, ausência de dedos ou dedos unidos. Muitas crianças podem apresentar ausência de músculos peitorais ou flacidez dos músculos do pescoço e da parte superior do corpo. Não há ainda uma explicação científica para a ocorrência da síndrome, que pode estar associada a diferentes fatores. Nascem crianças com Moebius em gestações normais. Estudos médicos, porém, demonstraram o crescimento da incidência de Síndrome de Moebius em mães que tomaram o medicamento Citotek durante a gravidez.

Bodybrushing é um tratamento baseado na estimulação corporal (body) com pincel (brush). Desenvolvido pelo terapeuta inglês Steve Clarke, o tratamento tem ajudado crianças, adolescentes e adultos com dificuldades de aprendizagem e concentração (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), com diagnósticos de atraso no desenvolvimento, com Dispraxia, Dislexia e Síndrome de Moebius. A estimulação é realizada com um pequeno pincel de cerdas macias, que deve ser passado sobre as costas, tórax, pescoço, face e outras partes do corpo dos pacientes, seguindo uma orientação específica.

O criador da técnica tem vindo ao Brasil a cada dois meses para tratar de um grupo de pacientes com necessidades especiais. O tratamento tem ajudado crianças, adolescentes e adultos com dificuldades de aprendizagem e concentração (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), com diagnósticos de atraso nodesenvolvimento, com Dispraxia, Dislexia e Síndrome de Moebius. Steve possui pacientes em toda a Europa, EUA e Brasil.

Testemunho
A matéria a seguir é antiga, porém interessante.
Uma das crianças com Moebius tratadas por Steve é a menina Emma, da Inglaterra. Jornais ingleses publicaram reportagens sobre ela. A pequena Emma Gratton, de 4 anos (deve ser mais velha atualmente), sempre foi uma garota adoravelmente divertida, mas até então ela não conseguia mostrar isso. Nascida com esta rara condição que afeta o sistema nervoso e causa paralisia dos nervos ela, até um ano atrás (relação a publicação original da matéria), era incapaz de mostrar qualquer expressão facial: sorrir, movimentar os olhos ou mesmo fechá-los para dormir. Ela também apresentava dificuldades para se alimentar, falar e respirar. Graças ao novo tratamento pioneiro, Emma pode encarar o mundo com um sorriso pela primeira vez. O tratamento envolve estimulação das terminações nervosas em partes do corpo da menina com um pincel. Os pais de Emma, Ian e Sally, fazem cócegas na face, mãos e costas da filha duas vezes ao dia (manhã e noite) em casa. As pinceladas estimulam as terminações nervosas. A cada três ou quatro meses eles visitam o terapeuta para reavaliação e continuidade do tratamento. A mãe de Emma conta que o sorriso foi aparecendo gradualmente até tornar-se completo. Ela disse: Primeiro os lábios dela começaram a se mover lentamente, depois surgiu uma covinha e agora ela pode sorrir totalmente. Ela também confessou na época: Nós tínhamos um pouquinho de dúvida quando começamos o tratamento, mas hoje (naquele tempo) vemos que realmente funciona.

A cada dois meses os resultados do tratamento por Bodybrushing são avaliados e uma nova estimulação é indicada.

Como constatamos, às cócegas são tão antigas quanto a humanidade e de muito valor para a mesma. Quando alguém conhece o seu lado tickler ela está nada mais e nada menos que conhecendo a própria alma.

Abraços e cócegas para todos.

Nenhum comentário: